sexta-feira, outubro 26, 2007

"Janela ao Desconhecido..."

Ando seco, sujo e mudo...

Queria hoje me esquecer de tudo,
e só morrer de ardores, sentir essa incoerência que sinto toda vez
que mudo o mundo a se enxergar,
sentir todo dia, como se fosse a primeira vez,
essa maluqice que sinto de vez em quando...

Bem de vez em quando...

Olho para as coisas com um olhar cansado,
falo sem prestar atenção, sem aquela presteza marcante,
sem aquele desespero por contar, por ouvir, sem aquela esperança de encontrar o incontrolável,
falo, olho, digo por dizer, exclamo por obrigação,
e isso é desgastante, é não se ver nos outros olhos,
é ser sempre um estrangeiro em sua própria casa, sem poder acender a luz de madrugada,
sem poder acenar da janela para o desconhecido...

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