terça-feira, outubro 28, 2003

“Signos abstratos”



Estrelas
que tanto brilham,
que tanto rodeiam meus olhos,
meus caminhos, meu etéreos ideais.

Lua
tão grande que afoga minhas elucubrações
num mar de energia,
numa aurora que cisma em decifrar meus caminhos,
os caminhos mais ardilosos,
caminhos que nem meu próprio subconsciente é capaz de decifrar.

Estradas
que fogem do seu rumo procurando atalhos,
procurando caminhos flexíveis,
um futuro onde não existem fábulas,
um caminho eqüidistante,
como um sonho mal resolvido,
uma situação mal interpretada,
um beijo há muito esquecido,
um amor que nunca se acabou,
uma leve sensação introspectiva,
como uma serena brisa que apenas distancia
a infindável verdade do tortuoso destino...

Equilíbrio
desse céu,
o encanto que os violinos exercem em minha alma,
a distância que me encontro no presente,
o atroz sentimento que afoga meu peito em lágrimas negras,
as amarguras impostas pela incompreensão,
as armaduras que temo não conseguir desprender,
os gananciosos temas que desejo,
as vontades que sinto pelo vosso corpo,
pela auréola que entretém sua mente,
que compõem a mágica existente no brilho dos seus olhos,
olhar imperando como um espelho,
vendo-me refletido em minhas atitudes,
nos meus sonhos,
nos meus anseios,
nas minhas vontades incrustadas como estradas
que o destino final significa felicidade.

Ardência
desse céu cintilando esse amor incompreensível
sobre meu seio que se encontra fértil...

Esperança
do futuro com campos que me desesperam
apenas ao pensar no seu irrealismo.

Não suporto imaginar o fato de ter me enganado sobre seus cachos,
sobre nossas vidas que pensei estarem traçadas neste
paralelo e invisível destino...


Fiquem em paz...
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