"O outro eu dos escritores" *
O rnamento minhas idéias com livros e poesias
R ecito textos ao léu para que assim possam
E speciais se tornarem, forçando para que pessoas
A nalfabetas poeticamente dizendo entendam e
L evem para dentro de si palavras que para mim
É picas já se tornaram, palavras tantas que custo para
O rdenar suas belezas infinitas com as épocas
M arcadas nos nossos tantos e tantos livros
A udazes de literatura, estes que quando abro vejo-me
R anger os dentes por tamanha alegria minha pelas
N unca esquecidas dedicatórias, pelo toque final
E qüidistanciando a realidade nua e crua,
L amentada e vivida nos atuais dias, dias que já foram
E squecidos pelo sonho do passado, fazendo
H omogêneo os pensamentos que se multiplicam como
Á caros no ar, idéias vivendo e lutando com esta
E squisita sensação de viver paralelamente, com
S ubliminares reações para que possam entender a
C ontracenação feita pela neurolingüística, deixando mais
R izados ainda meus cabelos por tamanho desdobramento,
I nvenções e situações onde o silêncio calou meus
T ormentos e mostrou-me o quanto minha vida
O rganiza minhas eloqüentes alucinações e faz-me
R egressar a ponto de entender tantos sentidos
E stranhos que a materialidade me traz,
S alpicando nossos anjos e demônios para que com
Q ueixos caídos em fortes situações fiquemos.
U ltimamente ando repensando na valia que estas
E xtravagantes fantasias do "fazer parte" traz
N avegando por ares desconhecidos, a simples
A udácia de um abraço em troca de um contato
D ireto, ou até mesmo indireto, mas sempre
A ntecipando mentalmente o beneficio pessoal,
M achucando corações (o meu?) carentes, abusando da
E squizofrenia imaginária de algum perdido
H umanóide urbano para elevar-se pelo futuro
A dentro, conquistando cargos, brilho, shows,
E spetáculos internacionais, usando e abusando dessa
S íntese ultrapassada e ineficaz, pois me mantém em
C árcere por ter descoberto nos olhos alheios que a
R ecíproca não fora verdadeira, que a banal
I nversão de valores e papéis foram pouco
T rovejantes no meu peito, pois o segredo das
O ndas, a que chamamos nós poetas de balança
R equintado, continua intacto, sem
E vidências nem provisões de mudanças, mesmo
S uando para que o encanto ocorra, mesmo
Q uerendo ao máximo demonstrar desprendimento,
U nião, humildade e bom gosto, o ocupar das
E squinas é um trabalho árduo, cansativo e
M alevolente para teus olhos frios, mas os
E quinócios escreverão nos céus suas verdades, as
R ealmente do âmago, para que pessoas que
G ostam de abrir os olhos e ver onde pisam
U sarem esse linguajar místico para não haver, no futuro
L amentações desgostosas que trariam a nós
H umanos sensações inexplicáveis, e não a ternura
A mável da literatura portuguesa, dos grandes
M aestros que fazem sibilar a alegria não só
M omentaneamente, mas sim perdurando suas melodias
A stutamente pela eternidade, para não precisarmos
S equer lembrar que existe a mesquinharia
A cima citada, para que esqueçamos que existem
A lguns perdedores que fazem da vida algo como o
G otejar duma ampulheta num saco insólito e
U mectado, fazendo dessas lembranças prosas poética
A ssinadas por nós mesmos, usando como inspiração o
É ter encontrado na natureza, para assim podermos
A rmar nossas verdadeiras bandeiras, construirmos
M undos só nossos, vivermos em uníssono com a
E sperteza da cumplicidade dita, falada e vivida, para o
S empre realmente ser eterno, para que o destino
M ova suas decisões, deixando-nos à mercê do
A creditar nas vozes sussurradas, que sempre a mim trazem a liberdade...
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* A frase do acróstico pertence ao grandioso mestre José Saramago, do seu livro "Cadernos de Lanzarote".
Fiquem em paz...
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