quinta-feira, novembro 24, 2005

"Como nos velhos tempos"



Acordei com uma vontade imensa de dizer ao
mundo as palavras e pensamentos que percorrem
dentro de mim.
Descobri que a cada dia que se passa, as pessoas perdem
sua autenticidade, sua intensidade e sua personalidade.
Prisioneiros de uma idéia e de um mundo globalizado,
as pessoas viraram egocêntricas, individualistas e por que
não dizer "fantoches" de frases, modas e pensamentos ditadas
por alguém.
Voltamos a era da escravidão. É isso, somos escravos novamente.
Escravos modernos, mas escravos do dinheiro, da televisão, do
capitalismo, do modismo, da vida fácil, da corrupção, da modernidade ...
"Somos estranhos em nossas casas."
Salve o campo, o cheiro da terra, do interior, do trabalho, do respeito,
da pouca modernidade, das fazendas, dos lampiões a gás, da chuva,
da roça arada, da cachaça de alambique, da ignorância ...


Texto: Guilherme Bim

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quarta-feira, novembro 16, 2005

"Novo ciclo"



Dizem que às vésperas do término do nosso ciclo
entramos em um inferno astral,
e só posso dizer que se o que vivo
estiver nessa fase, quero passar o próximo
ciclo no meu inferno astral.

Ganhei antecipadamente presentes e gestos
que me marcaram demais, recebi pessoas
de coração aberto e carinho suficiente
para deixar um mundo inteiro condolente,
e ultrapassei todas as formas e barreiras
conduzindo minha vida a uma plenitude muito rica.

Transbordei, arranquei lágrimas de amor,
errei ao derramar lágrimas bravas,
emocionei, em nenhum instante que tenha
recordação fui morno ou indiferente,
fiz e falei o que gostaria de ver e ouvir,
ousei e fui absurdamente bem recompensado,
e estou confiante na beleza e na leveza
que meu novo ciclo me proporcionará,
com as mesmas convicções dos meus sonhos
e com a mesma reprocidade amorosa que meu
coração observador pode conceder...


Fiquem em paz...
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